O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fazer o anúncio oficial dos novos ministros às 16h desta sexta, dia 23. A posse seria realizada em seguida. Durante toda a manhã, o presidente esteve reunido com a coordenação política do governo para definir os últimos nomes.

O horário do anúncio é a expectativa com que trabalham assessores dos novos ministros. O ritual de uma mudança ministerial segue os seguintes passos: o presidente precisa exonerar os ministros que saem, anunciar os novos e dar posse. O novo ministro ainda precisa tomar posse formalmente no ministério, o que pode ocorrer na semana que vem.

No caso dos dois novos ministérios – da área social e da articulação política – ainda é preciso criá-los. Todo este trâmite necessita ser publicado no Diário Oficial. A reforma ministerial começou na última quarta, dia 21, quando o governo anunciou o nome do deputado Eduardo Campos (PSB-PE) para a pasta da Ciência e Tecnologia no lugar de Roberto Amaral.

Também já foram definidos os nomes do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), líder do governo na Câmara, para a articulação política; do deputado Patrus Ananias (PT-MG), para o superministério da área social; e do ministro Tarso Genro, para Educação, no lugar de Cristovam Buarque.

O deputado Eunício Oliveira (CE) deve assumir as Comunicações, uma das duas vagas que serão dadas ao PMDB, no lugar de Miro Teixeira, que deve voltar para a Câmara dos Deputados. O ritual influencia no comportamento dos novos ministros. Eduardo Campos e Aldo Rebelo já puderam conceder entrevistas porque Campos foi anunciado oficialmente pelo governo e seu antecessor havia pedido demissão, enquanto Aldo ocupará um ministério novo.

Já Patrus Ananias vai aguardar a demissão de Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social) e José Graziano (Segurança Alimentar) para se manifestar. Os dois ministérios serão extintos na criação da nova pasta social.

As informações são da agência Reuters.