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O Fundo Monetário Internacional está cautelosamente otimista com as perspectivas econômicas do Brasil, mas considera que alguns fatores responsáveis pela crise de 2002 ainda representam riscos. As expectativas da instituição foram divulgadas nesta quinta, dia 22, Philip Gerson, que chefia a divisão do Atlântico do FMI e é a principal pessoa para o Brasil, durante um painel de discussão no Instituto Empresarial Americano.
A alta taxa de juros, o orçamento rígido, o desequilíbrio entre ricos e pobres e o clima empresarial são problemas fundamentais para a economia brasileira, disse o representante.
– Tendo em mente que precisamos sempre nos manter cépticos... eu acho que as autoridades indicaram que não estão poupando esforços e acho que, além da força institucional demonstrada no ano passado, há muitas razões para sermos cautelosamente otimistas – afirmou Gerson.
– Mas sabemos que há riscos – acrescentou.
Ele disse que o crescimento no Brasil tem sido decepcionante, mas que a indicação é de que a expansão no médio prazo deve ficar entre 3,5 e 4%. Gerson afirmou ser ''perigoso'' fazer uma previsão mais específica para 2005 sem saber quais tipos de choques externos poderiam afetar o país.
Segundo Gerson, as mudanças estruturais e a eventual redução na relação dívida/PIB deve ajudar a reduzir a taxa de juros, e qualquer progresso na direção da independência do Banco Central também ajudaria no corte de juros.
A lei de Falências, atualmente em debate no Congresso, também aumentará os direitos dos credores e permitirá que as taxas de mercado caiam, ele disse. Gerson não quis comentar a decisão do Copom de manter a taxa de juros inalterada em 16,5 por cento ao ano, medida que surpreendeu e desapontou os mercados financeiros.
O Brasil tem um acordo com o FMI no valor de US$ 14,8 bilhões, que termina no final deste ano. O Brasil já indicou que pretende não renovar o programa.
As informações são da agência Reuters.
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