A transferência do Fórum Social Mundial (FSM) de Porto Alegre para Mumbai, na Índia, está deixando de acrescentar um rendimento extra no comércio da capital neste ano. Nos últimos três anos, quando a Capital sediava o evento, hotéis, lojistas e taxistas tiveram ganhos com os milhares de turistas estrangeiros que ajudavam a enfrentar o período de baixa temporada.

De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Porto Alergre, Ricardo Ritter, os meses de janeiros e fevereiro pouco representam para o setor historicamente. No entanto, ele lembra que a situação melhorou desde 2001, ano da realização do primeiro FSM. Em 2003, somada a realização do Fórum Mundial da Educação, a ocupação dos hotéis da cidade beirou os 100%. Com a transferência do fórum, a procura não ultrapassa os 40% dos 25 mil leitos da rede hoteleira da Capital.

– Porto Alegre perde um movimento maior nos meses de baixa temporada. Nas três edições do Fórum, houve um movimento bastante intenso na cidade, principalmente no último, que foi acoplado com o Fórum de Educação, quando a cidade ficou movimentada por 15 dias – diz Ritter.

A transferência do fórum também atinge os táxistas. A previsão é que o movimento caia 40% em janeiro.

– O pessoal (os taxistas) até estica o horário de trabalho por causa da saída do Fórum. Já que o movimento cai muito no verão, a carga horário aumenta – atesta o diretor-financeiro do Sindicato dos Taxistas, Vítor Bueiro.

Apesar de não possuir dados sobre o impacto do fórum no comércio, a Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) também lamenta a ausência do evento na cidade.

– A única coisa certa é que o comércio de Porto Alegre é bastante prejudicado com a falta desse evento. Esse evento movimentava a cidade – diz o vice-presidente da CDL, Eduardo Tevah.

As informações são da Rádio Gaúcha.