O secretário especial da Reforma Agrária, Antônio Marangon, disse nesta terça-feira que as invasões de sem-terra ocorridas durante a madrugada dizem respeito não só à política estadual sobre a questão agrária, mas ferem também o governo federal. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Marangon afirmou que irá negociar com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e que o Estado irá responder a os questionamentos que venham a ser feitos. Segundo o secretário, o governo decidiu que trabalharia com a reforma agrária como uma área de prioridade, mas o Rio Grande do Sul não tinha tradição em tratar da questão. A Cabanha Santa Bárbara, em São Jerônimo, foi invadida por 1,8 mil sem-terra, enquanto 1,1 mil integrantes do MST ocuparam a Fazenda Bom Retiro, em Júlio de Castilhos.