| 27/11/2003 13h10min
Após a divulgação de dois indicadores econômicos que abateram as perspectivas de uma recuperação mais expressiva da atividade, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta quinta, dia 27, que vários setores já mostram sinais de melhora e que a retomada ocorrerá com mais força no fim do ano.
– O quarto trimestre já vai estar no caminho da velocidade de cruzeiro que (a economia) vai atingir no ano que vem. Vocês podem contar, anotar e escrever que em 31 de dezembro vocês vão verificar isso – disse ele no Encontro Nacional de Comércio Exterior, no Rio de Janeiro.
Os comentários do ministro foram feitos um dia após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter divulgado um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre mais fraco do que o esperado pelo mercado.
– Temos observado diversos setores já demonstrando vitalidade e crescimento – argumentou o ministro.
Após a divulgação de dados mostrando que a taxa de desemprego brasileiro manteve-se em 12,9% em outubro – próximo do patamar recorde de alta de 13% visto em junho e agosto –, Furlan disse que o Brasil deve apostar nas exportações para melhorar o mercado de trabalho.
– O que cria emprego não é saldo comercial. É o crescimento da produção e das exportações que gera mais emprego e renda – explicou Furlan.
Ele acrescentou que a meta de US$ 70 bilhões para as exportações deste ano será "folgadamente" ultrapassada, "o que nos dá um alento para colocar o desafio para o ano que vem de US$ 80 bilhões em exportações".
– Boa parte das exportações do ano que vem já tem seu resultado razoavelvamente assegurado – acrescentou o ministro, citando o bom desempenho dos setores de papel e celulose, automotivo, agronegócios, petroquimica, quimica, jóias e mármores e granitos.
O Banco Central prevê para o ano que vem exportações de US$ 75 bilhões, o que representaria um incremento de 2,7% em relação aos US$ 73 bilhões em vendas externas projetadas para este ano. Furlan disse que Brasil precisa melhorar sua imagem no Exterior para ganhar novos mercados. Segundo ele, a Agência de Promoção de Exportações Brasileiras (Apex) investirá R$ 60 milhões em 2003 para aumentar a visibilidade do país, e deve aumentar essa verba nos próximos anos.
– Estamos muito longe de sermos uma economia exportadora de alta competitivade. Nós temos um extraordinário produto que se chama presidente Lula e o nosso governo vai investir para mostrar o Brasil para o mundo – afirmou.
Até 2007, o Brasil vai viabilizar a meta, contida no Plano Plurianual (PPA), de corrente de comércio de mais de US$ 200 bilhões ao ano, acrescentou. Segundo ele, os tratados comerciais que o país vem fechando com os países andinos, África do Sul e mesmo o que pode assinar para formar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) sustentarão essa corrente de comércio.
As informações são da agência Reuters.
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