| 27/11/2003 10h20min
A maioria dos integrantes do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) avaliou que o comportamento da atividade econômica e da inflação justificou uma queda da taxa Selic superior às projeções este mês, sem ameaçar a cautela necessária à política monetária.
A ata do Copom, divulgada nesta quinta, dia 27, informou, contudo, que dois dos nove membros defenderam um corte de apenas um ponto percentual. O Banco Central decidiu por um corte de 1,5 ponto na reunião ocorrida entre 18 e 19 de novembro e que baixou o juro básico da economia para 17,5% ao ano, sem viés.
Os dois dissidentes entenderam que o Copom deveria reservar cortes mais expressivos "para quando o cenário de crescimento econômico com inflação compatível com as metas desse sinais mais firmes de consolidação". Consensualmente o comitê avaliou que os cortes de juros realizados até outubro ainda não afetaram "integralmente" a atividade econômica e a inflação.
O Copom também reduziu, em 0,4 ponto percentual, a previsão para 2004 de variação do conjunto dos preços administrados por contrato, que passou a ser de 8,5%. Em outubro, o Comitê esperava inflação de 8,9% para estas tarifas.
A ata ainda projetou uma redução no aumento para o preço da gasolina em 2003. Agora, a previsão é de alta de 0,8% acumulada em todo o ano. Em outubro, a estimativa era de reajuste de 1,3% em 2003. O BC também baixou a projeção de alta para o gás de cozinha (GLP). A estimativa de reajuste em 2003 passou de 5,3% em outubro para 4,6% em novembro.
A ata mostrou ainda que os membros do Copom acreditam que o consumo continuará se recuperando nos próximos meses, como resultado das melhoras condições de crédito, da recuperação da renda real em função dos dissídios salariais e dos demais resultados do mercado de trabalho.
Com informações da agência Reuters e Globo News.
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