O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou a reunião mensal de dois dias para avaliar a condução das diretrizes de política monetária e definir possível redução da taxa básica de juros, também conhecida como taxa Selic.

Na primeira fase da reunião, o presidente e diretores do Banco Central, que compõem o colegiado do Copom, assistem a exposições técnicas dos chefes de departamento e do gerente-executivo de Relacionamento com Investidores (Gerin), que apresentam análises da conjuntura interna; em especial quanto ao controle inflacionário, finanças públicas, balanço de pagamentos, reservas, mercado de câmbio, agregados monetários e outros.

A reunião desta terça é uma avaliação prospectiva das tendências da inflação e análise das expectativas sobre variáveis macroeconômicas. Decisão mesmo sobre a taxa básica de juros só será anunciada na quarta à tarde, depois da segunda fase da reunião, que costuma começar entre 11h30min e meio-dia; aí sim, com participação apenas da diretoria do BC, com direito a voto, e do chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), sem voto.

A expectativa dos analistas de mercado é otimista, de acordo com o Boletim Focus, divulgado na véspera pelo BC, e aponta para uma redução dos atuais 20% para 19% ao ano, de modo a manter a trajetória de queda iniciada no mês de junho, quando a taxa Selic estava em 26,5% desde fevereiro. De lá para cá houve as seguintes reduções: 0,5% em junho, 1,5% em julho, 2,5% em agosto e 2% na reunião do mês passado.

Agora, além da expectativa positiva do mercado, além da bronca pública do vice-presidente José Alencar, que não vê motivo para a taxa de juros continuar nas alturas, também o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, manifestou confiança em que a taxa Selic ceda mais um pouco, embora fazendo questão de salientar que a decisão será eminentemente técnica.

As informações são da Agência Brasil.