| 20/10/2003 09h01min
O mercado mostrou-se mais otimista com as perspectivas econômicas para o próximo ano, elevando a projeção de crescimento e reduzindo a de inflação e a de taxa de juros. Uma pesquisa do Banco Central mostrou nesta segunda, dia 20, que a mediana das estimativas de quase 100 instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2004 caiu pela segunda semana consecutiva, de 6,1% para 6,01%. O número aproxima-se mais do alvo do governo para o próximo ano, de 5,5%.
– Acho que os prognósticos (para 2004) devem se estabilizar perto desse patamar, pode até quebrar abaixo de 6%, mas as previsões mostram que excluídos os choques, a tendência da inflação é convergir para um patamar próximo de 5,5% mesmo – disse Sandra Utsumi, economista-chefe do Bes Investimentos.
Para o IPCA deste ano, por outro lado, as previsões foram elevadas de 9,68% na semana passada para 9,71%. Analistas dizem que a meta de inflação deste ano, de 8,5%, não será cumprida, mas descartam uma taxa de dois dígitos, como ocorreu em 2002. Para Utsumi, essa elevação "incorpora a alta da inflação em setembro, nos últimos dois meses tivemos uma inflação mais alta". A expectativa para a inflação nos próximos 12 meses foi mantida em 6,27%.
A sondagem do Banco Central mostrou também que para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2003, as projeções foram mantidas em 0,7%, enquanto que para 2004 foram elevadas as previsões de 3,15% para 3,2%. Após a fraca performance deste ano, analistas acreditam em uma recuperação econômica em 2004, devido ao afrouxamento monetário promovido pelo governo desde junho.
O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se esta semana para decidir o novo patamar dos juros. Uma pesquisa da Reuters mostrou na última sexta que os economistas esperam mais uma queda, mas estão divididos sobre o tamanho dela, de 1% ou 1,5%. A projeção para a taxa Selic no final deste ano sofreu leve revisão para baixo, segundo o relatório do BC, de 17,34% para 17,1%. Foi a quinta semana seguida de queda. Os juros estão atualmente em 20%.
Para a Selic no fim de 2004, as previsões também caíram, de 15% para 14,6%. A pesquisa do Banco Central mostrou ainda que a inflação de outubro deve ser de 0,55%, a mesma previsão do relatório anterior. Para a taxa de novembro, as estimativas foram ligeiramente elevadas, de 0,5% para 0,53%.
As perspectivas para o dólar no final deste ano e do próximo tiveram leves quedas, para, respectivamente, R$ 3,02 e R$ 3,30. O prognóstico para o superávit da balança comercial teve nova alta, pela oitava semana, de US$ 21,4 bilhões para US$ 22 bilhões.
As informações são da agência Reuters.
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