| 12/02/2001 20h02min
Uma batalha política igual ao episódio da vaca louca já começou a ser travada no cenário internacional, desta vez envolvendo a rediscussão das cotas para pesca oceânica de atum. O Brasil quer elevar a atual cota de produção de atuns no Atlântico Sul, de apenas de 3%, para 40%. A guerra do atum, como está sendo chamada esta disputa, terá seu desfecho final em maio, durante reunião da Comissão Internacional para Conservação do Atum do Atlântico (ICCAT), em Bruxelas. A briga envolve Estados Unidos, Japão e Canadá, mas a maior pressão sobre o Brasil deverá ser da Espanha. Segundo o presidente do Conselho Nacional de Pesca e Aqüicultura (Conare), Giácomo Vicente Perciavalle, a Espanha está tentando derrubar os atuais critérios para formação de cotas, alegando que a captura de peixes com barcos estrangeiros arrendados tem de ser computada para os países de origem. Mais da metade dos barcos de pesca oceânica no Brasil são arrendados de outros países. Perciavalle espera ainda restrições dos Estados Unidos e do Canadá, que segundo ele já tentaram colocar vários tipos de empecilhos supostamente ecológicos para limitar a pesca brasileira. A pesca do atum em todo o Atlântico gira em torno de 600 mil toneladas por ano e só é possível aumentar cotas de um determinado país alterando as cotas de outros países.
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