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Os protestos antiglobalização na rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Cancún, foram frustrados pelo forte esquema de segurança e pelo reduzido número de participantes. O alto custo da viagem e da hospedagem afastaram muitos ativistas estrangeiros do encontro. Quem compareceu teve de enfrentar o estrito controle da polícia mexicana.
– É muito caro vir até aqui, além das maiores dificuldades para viajar de avião após o 11 de setembro – disse Antonia Janusz, uma veterana ativista norte-americana.
Neste domingo, dia 14, ministros de 146 países encerravam os cinco dias de negociações para a liberalização do comércio global ainda longe de um acordo, devido à oposição entre as nações pobres e ricas sobre o protecionismo agrícola praticado pelos EUA e pela Europa.
Apesar de serem poucos, os ativistas em Cancún fizeram protestos bizarros. Sete deles abaixaram as calças na praia no domingo, exibindo a frase "Estamos ganhando", escrita com batom vermelho. Ambientalistas vestiram-se de golfinhos para protestar contra o que eles dizem ser maus-tratos aos mamíferos.
Um fazendeiro sul-coreano que morreu durante um protesto violento em Cancún, na quarta, transformou-se em mártir para alguns dos movimentos antiglobalização. Pilhas de flores foram colocados no lugar onde ele se suicidou, enfiando um canivete no peito.
Ativistas afirmaram que a morte de Lee Kyung-hae teve mais impacto que o assassinato de um estudante pela polícia nas ruas de Gênova, Itália, em 2001. As dificuldades dos fazendeiros são alguns dos principais motivos de ódio à OMC, mas os ativistas também exigem a retirada das forças norte-americanas do Iraque e até mesmo a proteção às tartarugas marinhas.
Com informações da agência Reuters.
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