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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se nesta terça, dia 2, com a cúpula do PMDB para discutir a participação do partido no governo do PT. O almoço no Palácio da Alvorada terá a presença do presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), e dos líderes do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e na Câmara, Eunício Oliveira (CE). O presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), também deve estar presente, assim como o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.
O PMDB quer no mínimo dois ministérios para manter seu apoio às medidas do governo e preparou uma lista de cinco pastas preferenciais, segundo relato de um integrante da cúpula do partido. O predileto é o Ministério da Saúde, que tem o maior orçamento previsto para o ano que vem: 29 bilhões de reais. Além da verba, este ministério administra vários programas sociais que podem garantir destaque ao partido. O pedido vem num momento em que a pasta dirigida pelo petista Humberto Costa enfrenta uma crise devido a nomeações políticas para cargos.
Fazem parte da lista do PMDB ainda as pastas de Educação, Comunicações, Integração Nacional e Transportes. Este último é o que menos interessa ao PMDB, que quer evitar uma disputa de Lula com o vice-presidente José Alencar (PL). O atual ministro Anderson Adauto é do PL. Além disso, o partido ficou estigmatizado por anos de controle do ministério, muitas vezes com denúncias de corrupção.
Dos outros três, apenas o Ministério da Educação tem um petista como titular, Cristovam Buarque. Nas Comunicações está Miro Teixeira, do PDT, partido que tem contrariado o governo nas votações da Previdência. Já o titular da Integração Nacional é Ciro Gomes, do PPS, cujo trabalho tem sido elogiado por Lula.
As mudanças ministeriais devem ocorrer a partir de outubro, quando as reformas da Previdência e tributária devem estar definidas. O governo tende a trocar ministros que não estão tendo o desempenho esperado. A reunião também servirá para afinar o discurso no Congresso e aprofundar a aliança programática que o PMDB quer ter com o governo.
As informações são da agência Reuters.
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