| 28/08/2003 10h48min
A recessão em 2003 foi evidenciada pelo resultado da queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre. Ao contrário do que o mercado financeiro esperava (- 0,5%), o PIB caiu 1,6% em relação ao trimestre anterior, e encolheu 1,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta, dia 28.
A indústria puxou a queda em relação ao primeiro trimestre, com recuou de 3,7%, seguida pela agropecuária, com queda de 1,2% e serviço, com recuo de 0,3%. Na comparação com o segundo trimestre de 2002, somente a agropecuária apresentou resultado positivo, com crescimento de 3,2%, enquanto a indústria recuou 3,6% e o setor de serviços ficou estável.
O instituto também revisou o resultado do primeiro trimestre de uma queda de 0,1% para contração de 0,6%. A previsão média era de que o PIB apresentasse contração de 0,68% em relação aos primeiros meses do ano, enquanto a mediana das projeções apontavam para uma contração de 0,53%. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, as estimativas apontavam para um crescimento de 0,6%.
O PIB a preços de mercado apresentou, no primeiro semestre de 2003, variação de 0,3% em relação ao primeiro semestre de 2002, com crescimentos de 5,7% na Agropecuária e de 0,4% nos Serviços e queda de 0,5% na Indústria.
Na análise da demanda, considerando a comparação do primeiro semestre de 2003 contra o primeiro semestre de 2002, a Formação Bruta de Capital Fixo e o Consumo das Famílias caíram 5,4% e 4,7%, respectivamente. Em contrapartida, o Consumo do Governo cresceu 0,3%. Também nessa comparação, a taxa do Consumo das Famílias (-4,7%) é a mais baixa da série histórica. Já no setor externo, os componentes Exportações de Bens e Serviços e Importações de Bens e Serviços apresentaram desempenho favorável, com variações de 25,3% e -5,3%, respectivamente.
Já dentre os componentes da demanda, no segundo trimestre de 2003 em relação ao mesmo trimestre de 2002, o Consumo das Famílias continuou com taxa de crescimento negativa (-7,1%). Este item vem apresentando queda nessa comparação desde o terceiro trimestre de 2001 e o declínio de 7,1% é o maior de toda a série histórica trimestral.
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