| hmin
O atentado à sede da ONU em Bagdá, que vitimou Vieira de Mello e mais 22 pessoas, paralisou a reconstrução do Iraque e vai prolongar a ocupação norte-americana, disse nesta quarta-feira, dia 27, o chefe interino da missão no país.
O português Ramiro Lopes da Silva, nomeado após a morte do diplomata brasileiro, disse que a falta de segurança deve limitar o trabalho da ONU e evitar que outras instituições participem da reconstrução. Ele lembrou que serviços básicos, a reativação da economia e a criação de empregos ficaram comprometidos.
Dois terços dos cerca de 350 funcionários estrangeiros da ONU no Iraque deixaram o país desde o atentado. Entidades como o Banco Mundial, a Cruz Vermelha e a ONG Oxfam também reduziram o número de funcionários em Bagdá ou retiraram completamente seu pessoal.
– Mesmo empresas privadas, companhias que pretendiam operar no Iraque, agora vão ter de reavaliar os níveis de ameaça antes de darem os próximos
passos – disse Silva, que ficou
levemente ferido.
O diplomata considerou "pura especulação'' a hipótese, levantada por autoridades norte-americanas, de que os guardas iraquianos que trabalhavam para a própria ONU podem ter colaborado no atentado. Alguns deles haviam servido ao regime de Saddam Hussein e se recusaram a depor após a explosão, o que despertou suspeitas.
O sucessor de Vieira de Mello disse que a criminalidade no país indica que houve pouco progresso rumo à democracia desde a deposição de Saddam Hussein. Segundo ele, os representantes da ONU em Bagdá não imaginavam que poderiam ser vítimas de um atentado tão devastador.
As informações são da agência Reuters.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.