| 22/08/2003 09h47min
Israel ameaçou nesta sexta-feira, dia 22, fazer novos ataques contra militantes palestinos. O conflito se agravou depois que o governo matou Ismail Abu Shanab, um líder do Hamas, revoltando grupos militantes e levando-os a anunciar a suspensão de uma trégua, com promessas de vingança.
Na quinta-feira, um helicóptero disparou mísseis contra o carro em que estava Abu Shanab. Ele e dois de seus guarda-costas morreram, em Gaza.
– Isso é só o começo. Planejamos retaliações sérias à infra-estrutura terrorista – disse uma importante fonte israelense de segurança.
Em resposta ao assassinato, o líder político do Hamas, Abdel Aziz Al Rantissi, declarou:
– Amamos o martírio e buscamos o martírio.
A primeira reação do Hamas após foi lançar mais de 10 morteiros contra assentamentos judaicos da Faixa de Gaza e pelo menos dois mísseis Qassam contra casas de Sderot, cidade no sul de Israel.
Em seguida, Israel bloqueou vários entroncamentos rodoviários da Faixa
de Gaza, dividindo a região em duas partes e reforçando o controle. As tropas também estão buscando militantes em várias cidades da Cisjordânia.
Temendo uma guerra civil, o primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, vinha tentando conter a violência por meio de negociações, em vez de partir para a repressão contra os grupos militantes.
O Egito enviou Osama El Baz, para tentar acalmar a situação e resgatar o plano de paz, em reuniões com o presidente palestino, Yasser Arafat, e o chanceler de Israel, Silvan Shalom.
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, pediu que Arafat colabore com o primeiro-ministro disponibilizando "elementos de segurança".
O assassinato de Abu Shanab foi uma retaliação israelense contra o atentado a bomba que matou 20 pessoas em um ônibus de Jerusalém, na terça-feira.
As informações são da agência Reuters.
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