Milhares de palestinos protestavam contra o primeiro-ministro Mahmoud Abbas na quinta-feira, dia 21, após Israel ter matado Abu Shanab, líder do Hamas, em um ataque com míssil. Os militantes reafirmaram o fim do cessar-fogo declarado pelo Hamas e apoiado pela Jihad Islâmica e pelas Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa.

– Não a Abbas e não ao mapa da paz! – gritavam, referindo-se ao plano apoiado pelos Estados Unidos que prevê a instituição de um Estado palestino nos territórios de Gaza e na Cisjordânia até 2005.

Os protestos aconteceram diante da casa do líder morto do Hamas, Ismael Abu Shanab, e no principal hospital da cidade. Os manifestantes queimavam pneus e pediam para que a facção armada do grupo vingasse a morte do líder. No ataque, dois homens morreram e outras 14 pessoas ficaram feridas.

Abu Shanab, 53 anos, tinha 11 filhos e era considerado o número 2 no Hamas, abaixo apenas do fundador, o xeique Ahmed Yassin.

– O Hamas responderá com ações, não palavras. Israel vai se arrepender disso. Provaremos ao mundo inteiro que Israel entende apenas a linguagem da força e da resistência – disse outro líder do grupo, Ismail Haniyah.

As informações são da agência Reuters.