Depois de vencer o Botafogo, o clima no Joinville era de descontração e alívio no treino físico realizado na tarde desta segunda, dia 18. Muito mais próximo da classificação do que do rebaixamento, o time agora quer esquecer o jogo que passou – numa tentativa de não se perder com a euforia – e olhar para frente, ou seja, sábado, contra o Remo, na casa do adversário.

O técnico Ademir Fonseca estava nitidamente mais animado. Brincando com Vinícius, de cinco anos, filho do meia Dauri, enquanto os jogadores corriam em volta do campo, disse que quer viajar na quinta a Belém para conseguir se adaptar ao calor do Norte do país e ficar mais concentrado para o jogo fora de casa.

– Até agora o JEC ainda não conseguiu vencer fora. Essa é a hora – disse.

Para ele, a confiança dos jogadores está crescendo, depois das duas vitórias consecutivas. A participação da torcida, sábado, foi fundamental, segundo o treinador.

– Esse é o maior doping que um jogador pode ter porque dá confiança ao grupo – afirmou.

Um exemplo de como o apoio do torcedor pode favorecer o time, citado por Fonseca, foi o de Paulinho, que aos 30 minutos do segundo tempo demonstrava cansaço e pedia para sair.

Momentos depois, quando a torcida voltou a gritar o nome do clube, o jogador fez o gol da vitória. Outro motivo de alívio é um fato inédito para o JEC no Brasileiro: manter a equipe em dois jogos.

– Isso é fundamental – contou o técnico, que já adiantou que o time não mudará a forma de atuar por estar fora de casa (a idéia é marcar bem no meio e ousar no ataque).

CARLA ARGOLO/DIÁRIO CATARINENSE