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O ministro da Defesa indonésio atribuiu ao misterioso grupo militante Jemaah Islamiah o ataque desta semana que matou 10 pessoas no hotel de uma rede norte-americana na Indonésia. Segundo ele, outros ataques ainda podem acontecer.
Os Estados Unidos também disseram que esperam mais atentados na Indonésia e recomendaram que sejam evitadas viagens ao país, que tem a maior população islâmica do mundo.
– O governo dos EUA acredita que elementos extremistas possam estar planejando ataques adicionais contra alvos dos EUA na Indonésia – afirmou o Departamento de Estado no alerta sobre viagens emitido em resposta ao ataque de terça-feira, que além dos 10 mortos deixou 150 pessoas feridas.
Segundo a nota dos EUA, ``conforme a segurança for reforçada nas instalações oficiais dos EUA, os terroristas vão buscar alvos mais fáceis. Eles podem incluir instalações onde norte-americanos e ocidentais sabidamente vivem, se reúnem, fazem compras ou visitam''.
O ministro da Defesa indonésio, Matori Abdul Djalil, disse na noite de sexta-feira que tem certeza de que a Jemaah está por trás do ataque. O grupo luta pela criação de um Estado islâmico no Sudeste Asiático e supostamente tem ligações com a rede Al Qaeda, de Osama bin Laden.
O ministro disse que o tamanho e a capacidade do grupo, que teria recebido treinamento no Afeganistão, não pode ser subestimado. A Jemaah também já foi responsabilizada pelos ataques que mataram mais de 200 pessoas em outubro de 2002 na ilha de Bali.
– Ainda há vários membros da Jemaah na Indonésia, mas não em números maciços. Cada um deles tem habilidades especiais..., inclusive a capacidade de fazer bombas e assim por diante – afirmou Djalil.
A polícia disse que já identificou e prendeu os dois militantes que teriam contratado o voluntário suicida Asmar Latin Sani, 28, que provocou a explosão no hotel.
Sani, natural do sul da ilha de Sumatra, foi identificado a partir de sua cabeça decapitada por dois militantes presos desde o mês passado.
A polícia divulgou macabras fotos da cabeça reconstituída de Sani -- um homem jovem, com um pequeno cavanhaque.
Um dos militantes suspeitos de terem contratado o suicida foi detido na cidade de Semarang, onde no mês passado outras quatro pessoas foram presas junto com material explosivo.
As autoridades acham que o ataque desta semana usou métodos e explosivos semelhantes aos de Bali. Ambas as explosões teriam sido detonadas por telefone celular. A composição das bombas também parece ser semelhante -- uma mistura de TNT e clorato de potássio.
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