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A Arábia Saudita libertou cinco britânicos, um canadense e um belga condenados por uma onda de atentados ocorrida em 2000 e 2001 no país, informou o advogado do grupo nessa sexta, dia 8. Dois deles haviam sido condenados à morte e, se as sentenças houvessem sido ratificadas pelo rei Fahd, seriam decapitados em público. Os demais haviam recebido longas penas de prisão.
Entre os atentados pelos quais eles foram condenados está o de 17 de novembro de 2000, que matou um britânico. Vários estrangeiros que trabalham no país ficaram feridos em outros ataques. As autoridades sauditas atribuíram os atentados a uma disputa entre grupos que controlam o lucrativo mercado ilegal de álcool no país. Famílias dos presos diziam que militantes locais foram responsáveis pelos ataques.
Dois dos acusados, o britânico Alexander "Sandy'' Mitchell e o canadense William Sampson, foram mostrados em fevereiro de 2001 confessando os ataques em Riad, a capital. Mais tarde, eles retiraram a confissão. Segundo parentes e amigos, a dupla foi torturada. O belga Raf Schyves, que apareceu na televisão ao lado de Mitchell e Sampsonm também foi libertado, segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Bélgica.
Mitchell e Sampson foram condenados à morte, enquanto os demais receberam penas de até 18 anos de cadeia. A rígida lei islâmica saudita determina a execução, normalmente por decapitação, de assassinos, estupradores e traficantes. Os quatro britânicos que condenados a prisão são James Patrick Lee, Les Walker, James Cottle e Peter Brandon.
Um oitavo homem, o também britânico Glenn Ballard, foi solto na sexta-feira, depois de passar 10 meses preso sem acusação formal. Ele serviu de testemunha contra os demais e poderia ficar preso até que as sentenças contra eles fossem ratificadas, segundo Hejailan.
O advogado rejeitou a explicação oficial para os atentados, dizendo que a venda de álcool geraria no máximo alguns poucos milhares de dólares para o grupo, e não seria motivo para os crimes. A violência de fato continuou depois da prisão dos ocidentais. Analistas a atribuem a militantes antiocidentais que agem no país. Em maio, a rede Al Qaeda atingiu um condomínio habitado por estrangeiros em Riad, matando 35 pessoas.
As informações são da agência Reuters.
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