| 07/08/2003 09h12min
Um militante muçulmano da Indonésia foi condenado à morte nesta quinta, dia 7, por sua participação nos ataques contra bares noturnos na ilha turística de Bali, no ano passado. Quando a sentença foi anunciada, Amrozi Bin Nurhasyim virou a cadeira na direção das vítimas e dos parentes de mortos, abriu um amplo sorriso e fez sinais de positivo com as duas mãos.
Sobreviventes das explosões e parentes das vítimas trocaram abraços e beijos quando o veredicto foi lido. Alguns choraram. Muitos gritaram de felicidade. A condenação foi decretada dois dias depois que um carro-bomba matou pelo menos 10 pessoas em um hotel de luxo na capital da Indonésia, Jacarta.
Amrozi foi considerado culpado por ajudar a planejar, organizar e realizar crimes de terror em conexão às explosões nos bares que mataram 202 pessoas, a maioria turistas estrangeiros, em 12 de outubro do ano passado. Seus advogados disseram que apelarão da sentença, com o argumento de que sua única contribuição para o pior ataque terrorista desde 11 de setembro de 2001 foi fornecer uma van e substâncias químicas para o carro-bomba que destruiu um dos bares.
– Ele lamenta por aqueles que não eram alvos – declarou a repórteres o advogado Wirawan Adnan. – Ele não tem nada pessoal contra australianos, por exemplo. Os alvos eram os americanos e os judeus.
Amrozi admitiu durante o julgamento seu envolvimento com os ataques, afirmando que "brancos'' mereciam morrer. O militante também disse que receberia bem a pena de morte, mas que não pertencia à rede Jemaah Islamiah, apontada como responsável pelo ataque em Bali e pela explosão de terça-feira no hotel JW Marriott.
As informações são da agência Reuters.
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