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O Ministério da Fazenda avalia que o cenário econômico até o final deste ano verá uma desaceleração permanente da inflação, "com moderado crescimento da taxa de câmbio e gradativa recuperação da demanda interna", o que poderá abrir espaço para um crescimento econômico superior a 3,5% em 2004.
A previsão está no boletim bimestral de conjuntura da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, divulgado nesta quinta, dia 17.
– A base de comparação deprimida dos três primeiros trimestres de 2003 e a recuperação mas enfática da economia a partir do último trimestre, irão garantir importante carryover para 2004, tornando possivelmente conservadoras projeções de crescimento próximo a 3,5% para o próximo ano – afirmou o boletim.
As mais recentes estimativas do mercado apontam para um crescimento de 3% do Produto Interno Bruto no ano que vem, segundo levantamento periódico feito pelo Banco Central. Para o orçamento do próximo ano, o governo está trabalhando com uma taxa de crescimento de 3,5%.
Apesar do relativo otimismo em relação ao próximo ano, o ministério alertou que o processo de redução de juros iniciado em junho, quando a taxa Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual para 26% ao ano, não será condição suficiente para garantir a rápida retomada dos investimentos no país, processo que também dependerá da aprovação das reformas.
– A volta do crescimento industrial, de forma sustentada, requer mudanças estruturais profundas, vinculadas à reforma tributária, ao aprimoramento do marco regulatório de diversos setores chaves como energia e comunicação, e a revisão do arcabouço legal referente à concessão de crédito – argumentou a secretaria, frisando ainda a importância da aprovação da reforma da Previdência.
No documento, o ministério destacou ainda que o recuo verificado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indica que a inflação convergirá para a meta de 5,5% fixada para 2004.
– Após o esgotamento da forte alta de preços do último trimestre de 2002, o IPCA poderá voltar a apresentar o comportamento observado em 2001 e 2002, com a alta sazonal de preços em julho e agosto, e seu posterior arrefecimento no restante do ano.
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