Pouco depois das 13h, com duas horas de atraso, o relator da reforma da Previdência, deputado José Pimentel (PT), deu início à leitura do texto final da proposta. Pimentel deve confirmar o que havia adiantado mais cedo, que a cobrança dos servidores públicos inativos foi mantida intacta no relatório:

– (Foi mantida) Nos moldes em que veio a proposta do Executivo. Até porque hoje nós temos 10 capitais que já cobram dos aposentados e pensionistas, temos 12 Estados da Federação e, mais, na União, as três armas, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, já contribuem desde janeiro de 2001 - justificou.

O deputado petista informou que as regras sobre questões como a integralidade e a paridade serão mantidas, para homens e mulheres, desde que elas tenham 30 anos de contribuição e 55 anos de idade, 20 anos no serviço público e 10 anos no cargo, e eles, 35 anos de contribuição, 60 anos de idade, 20 anos no serviço público e 10 anos no cargo.

– A proposta original já mantinha a paridade e está sendo mantida até porque o STF já havia decidido esta matéria – disse o relator.

José Pimentel disse acreditar no êxito da proposta, apesar de classicar a matéria como polêmica:

– Tenho certeza que a forma como ela foi elaborada dificilmente será questionada ou se for, terá êxito no STF (Supremo Tribunal Federal).

Pimentel esteve reunido desde as 9h com o líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino, o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B/SP), o líder do PCdoB na Câmara, Inácio Arruda, o presidente Nacional do PT, José Genoino, com os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, da Casa Civil, José Dirceu, da Previdência, Ricardo Berzoini e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Luiz Gushiken e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada, para definir os últimos detalhes do relatório sobre a proposta. O vice-presidente José Alencar também esteve presente.

Com informações da Globo News.