| 02/07/2003 11h12min
O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse na manhã desta quarta, dia 2, ao chegar ao Palácio do Planalto, acompanhado de cerca de 30 sem-terra, para o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o governo popular comprometido com a reforma agrária e movimentos populares unidos em torno desse ideal são os dois fatores que precisam ser conjugados para que a reforma ocorra. Segundo Stédile, a sociedade brasileira sabe que a melhor medida para combater o desemprego e a fome é a reforma.
– Nunca tivemos um momento histórico tão importante. Estamos entusiasmadíssimos e depois que sairmos daqui vamos comemorar com uma boa cachaça mineira – brincou o dirigente.
Stédile não quis revelar quais as reivindicações do movimento. Os ministros José Dirceu (Casa Civil) e Miguel Rosseto (Desenvolvimento Agrário) também participam da reunião.
Desde essa terça, um grupo do Movimento Unidos Venceremos, antigo movimento Para a Terra, uma dissidência do MST, cercou a entrada da cidade de Buritis, no noroeste de Minas. Cerca de 150 pessoas armadas com facões e foices impedem a passagem de qualquer veículo na cidade pela MG-400 e a BR-030.
O grupo exige a presença de representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para liberar a estrada. Os assentados querem que o Incra agilize a distribuição de terras na região.
Somente ambulâncias e viaturas da polícia estão podendo passar pela barreira que está na pista, formada com pneus e pedaços de madeira colocados pelos sem-terra.
Com informações da Agência Brasil e da Globo News.
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