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Dirceu pede explicação sobre derrota na Comissão de Reforma da Previdência

O ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, reuniu nesta quinta, dia 26, as lideranças do governo no Congresso para pedir explicações sobre a derrota na Comissão Especial da Reforma da Previdência que aprovou a realização de audiências públicas para debater a proposta em cinco estados brasileiros.

A reunião já estava prevista na agenda do ministro, mas o tema principal, que seria a pauta da convocação extraordinária, acabou sendo ofuscado pela derrota na Comissão. Com a realização das audiências, a tramitação da reforma será atrasada. Embora o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Professor Luizinho (PT-SP), tenha confirmado que o ministro pediu explicações durante o encontro, o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), garantiu que a convocação extraordinária foi a pauta principal da reunião.

Segundo Rebelo, além das reformas tributária e previdenciária, o governo também quer votar durante a convocação a Lei de Falências. Além disso, o líder garantiu que está prevista a inclusão das CPIs na pauta do Legislativo.

– A prioridade número um do governo são as reformas. A número dois é a Lei de Falências, e também o governo vai apoiar com sua base as matérias consideradas relevantes pela Câmara e pelo Senado – disse Rebelo.

Já o líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), disse que o Congresso poderá votar matérias como os Estatutos do Idoso e da Igualdade Racial, e adiantou que a reforma do Judiciário também pode ser incluída na pauta da convocação.

– Tem matérias importantíssimas em paralelo com as reformas – disse.

Sobre o fato de alguns deputados do PT terem decidido devolver os cerca de R$ 12 mil que vão receber pela convocação extraordinária, Pellegrino disse que é uma coisa que está no juízo de valor de cada parlamentar. O líder negou que exista algum tipo de determinação dentro do partido que obrigue os deputados a devolver o dinheiro e ressaltou que já pediu ao presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP), que inclua na pauta da convocação propostas que acabam com o recesso do mês de julho e com as remunerações extras.

– Essas são as medidas eficazes que podem sanear definitivamente esse problema – resumiu.

Com informações da agência Brasil.

 
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