| 26/06/2003 18h34min
Os Estados Unidos aumentaram nesta quinta, dia 26, a pressão sobre os grupos ativistas palestinos que negociam um acordo de cessar-fogo com Israel. A assessora para assuntos de segurança nacional dos EUA, Condoleezza Rice, a caminho do Oriente Médio para discutir a proposta de paz patrocinada pelo governo norte-americano, disse que o Hamas precisa ser totalmente banido.
Comentários semelhantes já haviam sido feitos no dia anterior pelo presidente George W. Bush.
– Estamos pressionando os países árabes para que parem de dar apoio ao Hamas. A União Européia listou (como terrorista) o braço armado do Hamas, mas suas organizações sociais também precisam ser listadas – afirmou a assessora.
Segundo Rice, todos os grupos extremistas, como o Hizbollah, a Jihad Islâmica e "os outros intransigentes" devem ser objeto de repressão. Na opinião dos EUA, o Hamas é o maior obstáculo aos avanços do processo de paz no Oriente Médio, prejudicado pelos constantes conflitos.
– Não há nada oficial ainda, mas esperamos que o acordo seja anunciado nas próximas horas – disse o presidente palestino, Yasser Arafat, questionado sobre a trégua que está sendo negociada pelo primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, com as milícias.
Os grupos Hamas e Jihad Islâmica, porém, afirmaram que o acordo de cessar-fogo ainda levaria dias para ser finalizado. Nos 33 meses de levante palestino contra a ocupação israelense, as duas organizações realizaram vários atentados suicidas em Israel, matando dezenas de pessoas.
Os grupos ativistas condicionaram a trégua a medidas a serem adotadas pelo Estado judaico, como suspender as incursões e parar de assassinar líderes palestinos. No mais recente incidente na região, um palestino armado matou um segurança israelense em uma cidade árabe do norte de Israel. As Brigadas de Mártires de Al Aqsa, ligada à facção Fatah, de Arafat, assumiram a responsabilidade pelo ataque.
Dois palestinos foram mais tarde mortos a tiros por Israel, que os acusou de carregarem explosivos.
As informações são da agência Reuters.
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