A redução do recolhimento do compulsório, parte de recursos de depósitos feitos pelos clientes que são enviados pelas instituições financeiras ao Banco Central, pode ser uma das iniciativas do programa de microcrédito federal a ser anunciado nos próximos dias.

A proposta deverá compor um pacote de medidas a ser apresentado pelo governo federal para reduzir os juros bancários, especialmente as taxas do cheque especial e dos empréstimos a pessoas físicas e jurídicas.

O requisito para a redução do recolhimento obrigatório de recursos, que está em estudo, será a abertura de linhas de microcrédito e empréstimos para pequenas e médias empresas e pessoas físicas, segundo o governo.

Com a liberação de parte do compulsório, os bancos terão mais dinheiro à disposição para emprestar. A medida valerá para todas as instituições financeiras. Hoje, o compulsório dos depósitos à vista é de 68%. Para os depósitos a prazo, é de 23% e para a poupança, de 30%.

Segundo dados do Banco Central, estão retidos atualmente cerca de R$ 124 bilhões por conta do compulsório. O valor corresponde a mais da metade do estoque de crédito concedido pelos bancos em abril, quando atingiu R$ 214,6 bilhões.