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O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, disse neste domingo, dia 22, que lamentava a morte de um líder do Hamas por tropas israelenses e afirmou que o incidente poderia ser um obstáculo para o plano de paz patrocinado por um "quarteto" de mediadores do Oriente Médio.
Um encontro com autoridades dos Estados Unidos, Rússia, Nações Unidas e União Européia foi ofuscado pela morte do líder do Hamas Abdullah Kawasme na cidade de Hebron, na Cisjordânia. O incidente foi descrito pelos palestinos como um "assassinato", embora fontes israelenses tenham informado que tentaram prendê-lo antes.
– Lamento que continuemos presos a essa ação e reação, provocação e reação à provocação – disse Powell. – Lamento que tivemos um incidente que pode ser um obstáculo para o progresso.
Os membros do quarteto afirmaram que ambas as partes devem seguir seu plano de paz. Powell disse que espera que as negociações sobre o processo de transferência do controle militar da Faixa de Gaza e de Belém das mãos de Israel para os palestinos seja concluído em um "futuro não muito distante".
A morte do líder do Hamas, no entanto, ofuscou o encontro do quarteto, que ocorreu em paralelo ao encontro do Fórum Econômico Mundial, na Jordânia, e foi criado para promover o plano de paz que pretende dar um fim à violência e criar um Estado palestino em 2005.
– Preferiria acordar na manhã de domingo e descobrir que estamos avançando e que não seria necessário ter esse tipo de atividade em ambos os lados – afirmou Powell. –Temos de superar isso.
– Devemos encontrar um caminho para romper com esse ciclo contraproducente de violência – disse o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que esteve presente durante as negociações com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, o chefe de Políticas Exteriores, Javier Solana, e o ministro de Relações Exteriores da União Européia, George Papandreou, da Grécia, que detém a presidência da União Européia.
O último incidente de violência foi acompanhado por ameaças de Israel de mais ataques sobre palestinos que considera "bombas-relógio".
Israel já ameaçou realizar novos ataques contra alvos palestinos, depois da ação que resultou na morte de Kawasme, um dos mais importantes líderes do Hamas, o grupo islâmico extremista que luta pela libertação da Palestina. O Hamas prometeu vingança e informou que não poderá aceitar a proposta de trégua do primeiro-ministro palestino Mahmoud Abbas enquanto seus homens forem assassinados.
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