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Mais de cem morrem por incêndio em oleoduto na Nigéria

Explosão se segue a uma perfuração feita por ladrões

Um oleoduto nigeriano que havia sido perfurado por ladrões explodiu, matando mais de cem moradores de um vilarejo, segundo informaram neste sábado, dia 21, autoridades locais e testemunhas. A explosão aconteceu na última quinta, na comunidade de Onicha Amiyi-Uhu, no sudeste do país, 50 km ao norte da capital do Estado de Abia, Umuahia. Foram contadas nove corpos carbonizados no local.

– Mais de cem pessoas morreram em virtude do incêndio que se seguiu à explosão. Alguns que escaparam com ferimentos morreram depois, em suas casas – disse Tyson Arugi, conselheiro ambiental do município, ao governador de Abia, Chima Nwafo, que visitava a região.

Ele disse que a explosão foi detonada por uma fagulha gerada por uma motocicleta, cujo piloto estava transportando petróleo tirado do oleoduto rompido, que pertence à NNPC, a companhia estatal de petróleo nigeriana. Brigadas de incêndio da NNPC partiram da cidade petroleira de Port Harcourt neste sábado para apagar o incêndio.

Testemunhas disseram que moradores, usando baldes e latas, vinham retirando produto do oleoduto, desde que ele foi perfurado, cerca de dois meses antes do acidente. O furto se intensificou quando a NNPC, aparentemente sem conhecimento da ruptura, começou a bombear petróleo por meio do oleoduto, no último dia 13.

Incêndios em oleodutos de petróleo iniciados acidentalmente por ladrões de combustível são comuns na Nigéria e já mataram centenas de moradores nos últimos quatro anos. Integrante da Opep, a Nigéria é a oitava maior exportadora de petróleo do mundo e a maior produtora de petróleo da África, mas sofre de crônicos problemas de desabastecimento, devido aos problemas técnicos das quatro refinarias localizadas no país.

Um crescente mercado negro do petróleo é o maior incentivo aos ladrões de combustível que agem nos cerca de 5 mil quilômetros da rede de oleodutos que transportam derivados refinados de petróleo ao longo do país.

As informações são da agência Reuters.


 
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