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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) encerra nesta quarta, dia 18, a reunião que pode definir a queda da taxa básica de juros (Selic), hoje de 26,5% ao ano, o mais alto nível em quatro anos.
A queda dos juros futuros confirmam a expectativa dos investidores de que o Copom corte a taxa. Além disso, a forte pressão da sociedade e do empresariado pode fazer com que o comitê decida promover uma redução na Selic.
A segunda prévia de junho do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), divulgada nesta terça, dia 17, pela Fundação Getúlio Vargas, reforça os argumentos em favor de uma virada na política de juros para reativar a economia. O indicador teve sua quarta variação negativa consecutiva (consideradas as apurações parciais). A queda de 0,66% nesta segunda prévia é a maior deflação desde a criação do índice, em 1989.
Nos últimos três dias os bancos operaram no mercado futuro projetando corte de meio a um ponto percentual na taxa básica de juros. O próprio BC tem mantido a taxa básica efetiva abaixo dos 26,5% ao ano definidos pelo Copom. Desde o começo do mês, a taxa básica efetiva tem ficado em torno de 0,25 ponto percentual abaixo dessa meta.
Apesar das pressões, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse nesta terça que a redução dos juros é condição necessária, mas não suficiente para o crescimento da economia. Ele lembrou que em 2001, por exemplo, os juros caíram, mas o processo de queda foi interrompido pelo aparecimento da crise de energia elétrica. Já o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, afirmou esperar que o Copom perceba a ameaça de recessão que ronda a economia brasileira e inicie a redução da taxa de juros.
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