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 | 08/06/2003 12h02min

Ataque palestino mata sete pessoas na Faixa de Gaza

Os três agressores e quatro soldados israelenses morreram

Três palestinos armados mataram quatro soldados israelenses neste domingo, dia 8, antes de serem mortos no ataque a um posto militar na Faixa de Gaza que os grupos militantes palestinos identificaram como um desafio às negociações de paz no Oriente Médio. Os três homens, que eram dos grupos Hamas, Jihad Islâmica e Brigada dos Mártires de Al Aqsa, atacaram um posto do exército de Israel perto da cidade de Erez, na divisa com a Faixa de Gaza e morreram na troca de tiros.

O incidente foi outra demonstração de desafio de militantes contra o primeiro-ministro palestino Mahmoud Abbas e seus esforços para desmilitarizar o levante que já dura 32 meses e ameaça o plano de paz que foi apenas lançado. Os militantes são contrários às decisões tomadas durante cúpula realizada na última quarta na cidade de Ácaba, na Jordânia, com a participação do presidente dos Estados Unidos, George Bush, e o premiê israelense Ariel Sharon, além de Abbas.

Os participantes no encontro endossaram o plano "mapa do caminho" apresentado pelos Estados Unidos para alcançar a paz entre palestinos e israelenses, que pede um fim da violência e enumera ações que os dois lados devem tomar para que se chegue à criação de um Estado palestino até 2005. Abbas pediu durante o encontro na Jordânia que os grupos palestinos parassem com os ataques. O pedido foi recusado por grupos palestinos que informaram estar abandonando as negociações para um cessar-fogo iniciadas por Abbas.

– Hoje, o sangue de palestinos diz que nós estamos unidos na trincheira da resistência. A guerra contra o terrorismo de Israel vai continuar enquanto houver ocupação – afirmou Abdel-Aziz al-Rantissi, um líder do Hamas.

O primeiro-ministro palestino respondeu ao incidente pedindo a retomada das negociações para um cessar-fogo. Ele afirmou querer evitar um confronto armado com os militantes, cujo desarmamento é um dos pontos do plano "mapa do caminho".

– Talvez o comunicado de Ácaba foi mal interpretado. Nós acreditamos que o diálogo é a única maneira de atingir nossos objetivos. Por meio deste diálogo, queremos alcançar a calma e não a guerra civil – disse Abbas na cidade de Ramallah.

O ataque deste domingo foi o primeiro de palestinos a alvos israelenses desde a cúpula de Ácaba. Os militares israelenses disseram não ser comum a cooperação para um ataque por meio dos três grupos militantes palestinos. Um vídeo divulgado por Hamas, Jihad e Brigada de Al Aqsa mostrou os três palestinos que atacaram o posto armados com rifles e granadas e próximos de uma cópia do Corão.

– Nós juramos por Deus e por nosso povo que nossa resistência vai continuar até que a ocupação termine – afirmou um deles.

As informações são da agência Reuters.


 
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