Relatório do Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos culpa o presidente do país, George W. Bush, pelo fracasso das negociações diplomáticas com a Coréia do Norte. Dado o agravamento da crise com o território comunista, o conselho recomenda que a Casa Branca passe a considerar medidas duras contra o governo norte-coreano, entre as quais o bloqueio naval.

O texto, cujo conteúdo foi antecipado pela agência de notícias Reuters, exorta Bush a procurar rapidamente um acordo interino de curto prazo para testar as intenções da Coréia do Norte. Caso esta tentativa "fracasse de verdade, os EUA devem considerar avançar com essas duras medidas (bloqueio naval), mesmo sem o apoio total de seus parceiros regionais'', recomenda o documento.

O conselho, com sede em Nova York, agrega um grupo de autoridades públicas, acadêmicas, jornalistas e empresários especializados em relações exteriores. A força-tarefa apóia totalmente as negociações com a Coréia do Norte, mas está pessimista em relação ao sucesso dos debates.

O grupo disse que Pyongyang provavelmente se mobilizará para produzir mais material para armas nucleares, e que Washington "pode ter pouca escolha, a não ser viver com uma Coréia do Norte com mais armas nucleares e encontrar meios de evitar que (o país) exporte material''.

As opções sugeridas pelo conselho incluiriam bloqueio naval para interceptar materiais nucleares, exportações de armas, drogas e dinheiro falsificado, e ataques aéreos para destruir instalações nucleares conhecidas.

O grupo é favorável a um acordo preliminar limitado com a Coréia do Norte, segundo o qual o país congelaria seu programa nuclear e aceitaria a volta de inspetores da ONU. Em troca, Washington daria garantias de que não atacaria o Estado comunista durante as negociações e reiniciaria as entregas de petróleo a Pyongyang.

As informações são da agência Reuters.