Nem a derrota, nem a má atuação do Inter. O assunto que predominou na entrevista coletiva de Muricy Ramalho depois da goleada por 3 a 0 para o Guarani-SP dizia respeito ao suposto convite para treinar o São Paulo, sem comandante desde o último sábado, quando demitiu Oswaldo de Oliveira. Enquanto o presidente Fernando Carvalho negava o boato com veemência, o técnico colorado preferiu não falar baseado em suposições.

Demonstrando alguma irritação com a insistência no tema, Muricy deu mais motivos para a boataria ao responder um dos questionamentos.

– Todo profissional que receber um convite do São Paulo tem que ir – disparou.

Mais tarde, esclareceu que é a opinião de um treinador que já trabalhou no Morumbi e conhece a política do clube paulista, mas que estava referindo-se apenas a outros técnicos que possivelmente recebessem o convite.

O treinador colorado passou a ser o primeiro nome na lista do São Paulo depois das negativas por parte de Tite, do Grêmio, e Leão, do Santos. Neste domingo, a imprensa paulista passou a cogitar também a contratação de Toninho Cerezo, atualmente no Kashima Antlers, do Japão.

O diretor de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, pediu demissão do cargo neste domingo, dia 11, alegando problemas pessoais. O ex-dirigente estava tratando da contratação de um novo treinador para a equipe, sem comandante desde a saída de Oswaldo de Oliveira. Segundo informações, os preferidos de Leco eram Tite e Leão. As negativas dos técnicos do Grêmio e do Santos, respectivamente, teriam contribuído para o afastamento do dirigente.

O presidente são-paulino, Marcelo Portugal, pretende anunciar o nome do substituto de Leco nesta semana, mas afirmou não ter pressa para contratar um novo treinador. Desta forma, a equipe continuará sob a supervisão do ex-goleiro Rojas.