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A Síria disse nesta quarta, dia 7, que chegou a hora de buscar uma paz justa entre árabes e israelenses, mas insistiu que as negociações partam de acordos anteriores e se baseiem nas resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU).
As negociações entre Síria e Israel foram rompidas em janeiro de 2000. Os dois países disputam as colinas do Golã, território sírio conquistado por Israel na guerra de 1967.
– (A Síria) sempre demonstrou boa vontade em voltar às negociações, nas condições previstas (na conferência realizada em 1990) em Madri, nas resoluções da ONU e na fórmula da troca de paz por territórios. Essa posição não mudou – disse Buthaina Shaaban, porta-voz da chancelaria síria.
– Eu realmente acredito que chegou a hora disso na região, porque todas as pequenas soluções não vão resolver os problemas, o que é preciso é de um acordo completo – disse.
Na última segunda, o governo de Israel acusou a Síria de tê-lo consultado secretamente sobre a retomada das negociações antes do início da guerra no Iraque.
– A Síria nega categoricamente essas acusações. O objetivo delas é minar a credibilidade da Síria – respondeu Shaaban. –A construção da paz é uma questão de honra, que não exige negociações secretas.
Segundo o jornal israelense Maariv, um irmão do presidente sírio, Bashar Al Assad, e um empresário israelense discutiram a questão na Jordânia, antes de as tropas norte-americanas invadirem o Iraque, em 20 de março.
Após analisar a oferta, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, teria questionado as motivações dos sírios, segundo uma fonte de seu gabinete. O Maariv diz que Sharon concluiu que a proposta da Síria apenas obedecia à tática de agradar os norte-americanos.
Shaaban considerou inaceitável a postura oficial de Israel, que só aceita o diálogo se não houver pré-condições.
– Se as resoluções do Conselho de Segurança (da ONU) e os termos de referência de Madri foram considerados pré-condições, isso não é aceitável – disse ela.
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