De volta de uma viagem ao Oriente Médio, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Collin Powell, alertou a Síria neste domingo, dia 4, que seu país vai vigiar de perto as políticas e mudanças de comportamento que reflitam a participação da Síria na mudança do cenário regional.

Ao fazer o resumo da primeira viagem à região desde a derrubada de Saddam Hussein pelas forças anglo-americanas, Powell disse que o governo sírio havia começado a fechar o cerco a grupos radicais palestinos em Damasco. No entanto, muitos desses grupos disseram no domingo estarem operando como de costume.

Powell afirmou que os Estados Unidos vão analisar de perto a Síria e seu presidente, Bashar al-Assad, de acordo com atitudes, não promessas.

– Não é o que ele (Assad) diz, é o que ele faz, estaremos prestando atenção nas atitudes nos próximos dias, semanas e meses – disse Powell em entrevista à TV americana.

Powell lembrou que os Estados Unidos querem indícios de que o governo sírio reconhece o que o governo norte-americano considera uma mudança na dinâmica do Oriente Médio – incluindo o estabelecimento de um governo pró-Estados Unidos no Iraque pós-guerra.

– É muito claro que há uma nova situação estratégica na região. A Síria precisa reconhecer que as coisas mudaram – acrescentou.

Powell disse ter deixado claro a Assad que os Estados Unidos querem a cooperação do país na captura de ex-integrantes do governo de Saddam Hussein e nos esforços para impedir a venda, circulação ou desenvolvimento de armas de destruição em massa na região.

O secretário de Estado também disse não saber se a Síria possui armas de destruição em massa, mas avisou que o governo norte-americano vigiará de perto o serviço de inteligência sírio. Powell também afirmou que a cooperação poderá ser benéfica para a Síria. Segundo ele, um acordo abrangente entre Israel e os palestinos incluirá os interesses dos sírios e a questão das Colinas de Golan.

Powell mandou uma mensagem semelhante ao Irã, dizendo que o governo iraniano não pode esperar melhores relações enquanto continuar a apoiar o terrorismo e prosseguir com o programa de desenvolvimento nuclear.

As informações são da agência Reuters.