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As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Poder Judiciário, feitas na última terça, dia 22, provocaram reações controversas. Mas apesar da repercussão negativa, o porta-voz do Palácio do Planalto, André Singer, reiterou nesta quarta o discurso proferido no dia anterior. Em tom um pouco mais ameno, Lula afirmou que respeita o Judiciário.
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, defendeu o controle externo, declarando que não será ferida a autonomia do Poder. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), presidente da Subcomissão de Segurança Pública do Senado, declarou que concorda com o pronunciamento. Ele acredita que o controle externo das polícias e do Judiciário são essenciais para o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. De acordo com o senador Demóstenes Torres (PFL-GO), somente com uma certa vigilância será possível evitar abusos.
Já os presidentes de tribunais superiores e de entidades de classe dos juízes discordaram das manifestações do presidente. De acordo com Nilson Naves, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a criação de um órgão de controle externo irá contra cláusulas pétreas da Constituição. Alguns magistrados acharam descortês a insinuação da existência de uma caixa-preta no Poder Judiciário.
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