Com a rendição de Mosul, terceira maior cidade do Iraque, Tikrit, a cidade natal de Saddam Hussein, a 176 km ao norte de Bagdá, é o último alvo importante para os EUA. Bombardeiros norte-americanos continuam a cercar a cidade, mas o paradeiro de Saddam Hussein ainda é desconhecido.

Nesta sexta, dia 11, em Washington, o Secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, negou que o Iraque tenha caído no caos. Segundo ele, imagens de atos isolados de saque e violência estão sendo transmitidas repetidamente para efeitos sensacionalistas.

Em Bagdá, atiradores aparentemente da comunidade muçulmana xiita lutaram com paramilitares leais a Saddam durante a noite, segundo oficiais militares dos EUA. Durante o dia, homens armados perambulavam pelas ruas, assaltando edifícios e roubando carros. No quartel-general da inteligência militar de Saddam Hussein, uma multidão de iraquianos desesperados destruía paredes de concreto procurando por parentes que poderiam estar presos nos calabouços.

– Há desordem. Na liberdade, há desordem. E pessoas livres são livres para cometer erros, crimes e fazer coisas más – disse Rumsfeld.

Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, Jacques Chirac, da França, e o chanceler (primeiro-ministro) alemão, Gerhard Schroeder, encontraram-se em São Petersburgo para reiterar o pedido de que a Organização das Nações Unidas (ONU) exerça papel central no Iraque pós-guerra.

Washington disse nesta sexta que vai organizar uma conferência com líderes oposicionistas iraquianos na cidade de Nasiriya na segunda-feira para discutir o futuro do Iraque e o nome da autoridade que vai governar o país interinamente.

A reunião, que será liderada pelo enviado da presidência dos EUA Zalmay Khalilzad, será a primeira de uma série que o governo norte-americano pretende realizar para escolher um governo para o Iraque. Nenhuma autoridade da ONU foi convidada.

O comandante norte-americano da guerra, general Tommy Franks, disse que Saddam e seus assessores mais próximos estão ou "mortos, ou fugindo desesperadamente".

O general-brigadeiro Vincent Brooks afirmou no Catar que foi divulgada uma lista para os soldados norte-americanos com os nomes de 55 pessoas que devem ser capturadas ou mortas, após os sinais de que líderes iraquianos estejam tentando voar para fora do país.

As informações são da agência Reuters.