Substituído por Taison aos 34 minutos do segundo tempo da final da Copa Sul-Americana, Alex saiu de campo balançando a cabeça e demonstrando insatisfação com a decisão do técnico Tite. Um dia após a partida contra o Estudiantes, o programa Arena Sportv reuniu os dois, em Porto Alegre.

— É difícil controlar em um momento desse. Você tem condição de resolver o jogo, mas o respeito é importante. (...) Eu sou assim com meu pai, pode ser meu presidente ou qualquer pessoa. Não sou obrigado a concordar com tudo — disse.

Perguntado se, na hora do gol de Nilmar, que deu o título ao Inter, a chateação com o técnico havia passado, Alex respondeu:

— Não, eu estava bravo com ele e ainda estou — admitiu, sentado ao lado do chefe, arrancando risos dos demais participantes do programa.

Tite disse que percebeu a insatisfação do jogador na hora da alteração.

— A gente percebe. Quando se trabalha no dia-a-dia, dá para ver no olhar. Mas a essência tem que ser a palavra respeito. Respeito ao clube, à hierarquia, a si próprio, ao colega que está entrando — diz o técnico.

O treinador justificou a substituição:

— Era um momento importante, eu queria mudar o jeito de jogar do time. Minha opção no banco era o Taison. Ele poderia entrar no lugar do D'Alessandro ou do Alex, do Nilmar não. O Alex tinha sempre dois ou três jogadores do Estudiantes em cima dele. Eu trouxe ao adversário um elemento surpresa, um garoto que estava bem e tem uma alegria nas pernas que é impressionante. Quando bota na frente, não tem jeito. Mas o Alex sabe de toda a consideração que eu tenho pela característica e pela qualificação profissional dele. Inclusive quando ele estava no Guarani eu pedi a contratação dele no São Caetano, onde eu estava.

Por sua vez, o jogador admitiu que não estava bem no jogo:

— Acho que o meu primeiro tempo foi bom, mas no segundo tive alguns erros subseqüentes. Já fiz jogos bem melhores.