| 19/02/2003 19h17min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou a base aliada nesta quarta, dia 19, a votar as reformas previdenciária, tributária e política ainda este ano. Durante almoço com os líderes dos partidos de sustentação ao governo, Lula pediu sintonia e empenho pessoal de cada um.
Lula admitiu também que é preciso aproveitar o clima favorável ao governo, que tem forte apoio popular, para apressar as votações. Ele espera contar com o apoio da oposição, que é favorável as reformas. O recado do presidente tem como alvo também os radicais do PT que fazem críticas ao governo. Além disso, o Palácio do Planalto pretende eliminar os desentendimentos dentro da base sobre a agenda de votações.
Na reunião na Granja do Torto, ao defender a reforma da Previdência, o presidente chegou a citar o deputado João Batista de Araújo, o Babá (PT-PA), um dos críticos à postura governista.
– Até o Babá sabe que é preciso fazer a reforma. Em cinco anos não conseguiremos pagar nem os pensionistas – afirmou Lula, segundo relato do líder do PTB na Câmara, deputado Roberto Jefferson (RJ). – O governo vai fazer as reformas. Não tem mais como adiar.
O mais importante para Lula é garantir que as votações aconteçam este ano. Na sua avaliação, o governo não pode esperar até o ano que vem porque a tramitação das matérias será prejudicada pela véspera das eleições municipais. Em sua fala, o presidente comentou as críticas da oposição, que pede rapidez no envio das propostas ao Congresso, ao governo e disse considerá-las normais.
Em briefing no Palácio do Planalto, o porta-voz André Singer afirmou que o presidente não pretende enviar as propostas "a toque de caixa'' ao Congresso. Segundo ele, Lula ressaltou a importância de ouvir todos os setores da sociedade antes disso, como ele vai fazer com os governadores sexta-feira e sábado.
Lula também defendeu a revisão do papel das agências reguladoras, num desabafo contra o mecanismo de reajuste das tarifas de água, luz, telefone e combustível. O presidente teria proposto ao Congresso que dividisse a tarefa de redimensionar o papel das agências reguladoras. As informações são da agência Reuters.
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