Às primeiras investidas do futebol espanhol, o Inter resistiu. Os dirigentes seguem dizendo que não venderão Nilmar para o futebol europeu. Nesta terça-feira, porém, o próprio presidente do Zaragoza, Eduardo Andrés, desembarca em São Paulo, onde é aguardado pelo empresário Orlando da Hora. Na quarta, os dois seguem para Porto Alegre, onde colocarão na mesa do presidente Vitorio Piffero uma proposta oficial de 14 milhões de euros (cerca de R$ 33,4 milhões).

De acordo com a Rádio Gaúcha, uma alternativa possível seria acertar a venda do jogador, mas mantê-lo no Inter até dezembro. Neste caso, Nilmar garante que jogará como se nada tivesse acontecido:

— Falar é fácil, mas eu não vou fazer corpo mole. Vou fazer meu máximo, vou querer jogar. Claro que isso não é o normal no futebol, e eu sei como vai ser a cobrança por já estar vendido, principalmente quando jogar mal em alguma partida, mas tem que encarar isso com naturalidade. Para o atleta, é bom saber com antecedência para onde vai e poder se preparar, porque para mim as coisas sempre aconteceram aos 45 minutos do segundo tempo. Por enquanto, estou tranqüilo e com a cabeça voltada para o Gre-Nal.

O valor oferecido por Nilmar (14 milhões de euros ou US$ 20,6 milhões) ultrapassa o que o Milan pagou por Alexandre Pato: US$ 20 milhões. No entanto, o Inter detém apenas 30% dos direitos, enquanto o jogador é dono de 40% e o investidor Delcyr Sonda, de outros 30%. Há 11 meses, Sonda pagou US$ 3 milhões (R$ 4,8 milhões) para adquirir esta porcentagem. O Inter desembolsou US$ 1 milhão (R$ 1,6 milhão) para ficar com 10% — havia ficado com 20% na venda para o Lyon, em 2004.

Uma alternativa para substituir Nilmar seria Rafael Sobis, também formado no clube. No entanto, o empresário dele, Jorge Machado, está na Espanha e pode acertar a transferência do atacante do Bétis para o Al-Jazira, dos Emirados Árabes, por 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 35,8 milhões ou US$ 22 milhões).