| 22/08/2008 15h30min
A história já foi feita: com a vitória por 3 sets a 0 sobre a China na semifinal dos Jogos de Pequim, a seleção brasileira feminina de vôlei conseguiu chegar a uma final olímpica pela primeira vez. Porém, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães quer mais, o lugar mais alto do pódio e a quebra do tabu de que a equipe tem dificuldades em decisões - em 2004 parou nas semis diante da Rússia e foi batida nas finais do Mundial de 2006 e Pan 2007 quando era favorita. A disputa pelo ouro será contra os Estados Unidos, às 9h deste sábado (horário de Brasília), no Ginásio da Capital, em Pequim.
Com uma campanha impecável - não perderam um set ao longo de toda Olimpíada -, as jogadoras brasileiras tentam conter a empolgação para não perder o foco na partida mais importante de suas carreiras.
– Sabemos que a história que nós escrevemos não está completa. Falta o ponto final. Estar na história por ter conquistado um resultado histórico é bom, mas não nos basta – resumiu a ponteira Paula Pequeno.
O técnico José Roberto Guimarães pede que a equipe se mantenha como está, ao menos psicologicamente.
– O clima está ótimo e vamos tentar manter dessa maneira para a final contra os Estados Unidos, que venceu Cuba de uma maneira que ninguém esperava. Sei que já não vamos voltar para casa de mãos vazias, mas vamos tentar buscar o ouro – afirmou, lembrando que Brasil e Estados Unidos se conhecem muito, já que as duas equipes se encontraram no Grand Prix e realizaram amistosos preparatórios este ano.
Com a prata já garantida, a ponteira Mari, uma da protagonistas do trauma de Atenas, pode ter um presente ainda mais especial: ao mesmo tempo em que estará lutando pelo ouro em quadra, ela vai comemorar seus 25 anos de idade. Mas garante: não pensa em redenção depois de tudo o que sofreu nos últimos quatro anos.
– O passado ficou para trás. Só penso em jogar bem e fazer meu melhor. Aquilo tudo já passou. Há uma guerreira dentro de mim e eu sempre acreditei no meu potencial. Treinamos muito para alcançar esse objetivo – comemorou a atleta, que prometeu tatuar a palavra "vitória" em mandarim caso conquiste a medalha de ouro.
Mesmo não tendo conquistado nenhum título de expressão nos últimos quatro anos, os Estados Unidos chegam na decisão com a moral de terem eliminado as favoritas Itália e Cuba da Olimpíada.
– Nosso objetivo neste tempo todo é fazer o que não conseguimos em Atenas: ganhar o ouro – avisou a atacante Tayyiba Haneef-Park.
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