Desde a quinta rodada no G-4, o grupo dos classificados à Libertadores, o Grêmio poderá dar hoje seu maior salto no Brasileirão. Uma vitória contra o Cruzeiro, às 18h20min, no Olímpico, vai colocá-lo como vice-líder, uma honrosa situação que permanecerá inalterada até o fim da 13ª rodada. O jogo também marca o confronto entre dois dos clubes com maior número de conquistas do futebol brasileiro, muitas delas internacionais.


Assista a trechos da entrevista coletiva de Celso Roth

O técnico Celso Roth, no entanto, evita se empolgar com a situação. Admitindo a necessidade de um crescimento técnico da equipe, diz que o único valor de uma vitória será passar à frente de um concorrente direto. Hoje, o Cruzeiro é quem ocupa a segunda posição.

— Trata-se de um confronto direto, um jogo de seis pontos. Muito mais para nós, por jogarmos em casa. Todo o time que quer fazer campanha em campeonato de pontos corridos precisa realizar o dever de casa — afirmou o treinador.

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Ontem, com portões fechados, o que ocorreu pela terceira vez desde sua chegada ao clube, em fevereiro, Roth definiu os substitutos de Helder e Marcel, suspensos. Anderson Pico deverá entrar na lateral-esquerda. Para o ataque, a alternativa mais viável é Perea, recuperado de lesão. Ele deve formar dupla com Rodrigo Mendes. Outra alternatica é Reinaldo, que não atua desde a sexta rodada.

Incomodado com as perguntas sobre a rejeição que ainda provoca entre parte da torcida, Roth fez um desabafo. De forma irônica, disse que "inacreditavelmente" ainda se questiona o valor de uma equipe que se mantém nas primeiras colocações desde o início do Brasileirão.

Sobre as vaias que ainda são ouvidas quando seu nome é anunciado nos alto-falantes, o técnico foi duro:

— Não preciso provar nada ao torcedor do Grêmio. Fui muito feliz nas vezes em que passei por aqui. Tenho uma carreira, sou reconhecido, não preciso me preocupar com alguns poucos que ainda dizem que o time não está bem. Há muito tempo o Grêmio não tinha um início tão bom de campeonato.

O cansaço do time, que chegou só na noite de quinta-feira de Recife, provocou uma alteração de programação. A concentração foi antecipada em dois dias, para que os jogadores se alimentassem adequadamente e descansassem um número maior de horas. Também esse detalhe mereceu uma crítica do técnico.

— Não há saída. Nos colocaram esse "calendário maravilhoso" — reclamou Roth.