O mineiro Leo perdeu a conta de quantas histórias curiosas participou nos Gre-Nais disputados pelas categorias de base do Grêmio, entre os 12 e os 18 anos. Mas a experiência vivida no primeiro clássico como profissional, a 16 de setembro do ano passado, nunca mais será esquecida pelo zagueiro de 1m85cm e presença quase certa na Olimpíada de Pequim.

Naquele jogo, realizado no Olímpico, Leo fez tudo o que se pode esperar de um zagueiro. Para começar, anulou o ídolo colorado Fernandão, que não acertou nenhum de seus cabeceios dentro da área. E ainda teve competência para marcar de cabeça o gol da vitória, após escanteio cobrado por Tcheco.

— Levou duas semanas para a ficha cair. Eu não sabia do tamanho da repercussão desse jogo — recorda Leo, que fez a volta olímpica após a partida, sacudindo a camisa do Grêmio.

A semana do clássico já havia sido especial. Nas entrevistas, Leo surpreendeu ao dizer que, nas concentrações, costumava estudar em DVDs o posicionamento e forma de se mover de Fernandão.

Empolgado com sua atuação, o presidente Paulo Odone o comparou no final do clássico ao ex-zagueiro alemão Beckenbauer. Por ironia, a Alemanha deverá ser o destino de Leo no segundo semestre. O Hoffenheim, do também ex-gremista Carlos Eduardo, é o primeiro candidato.

— Não dá para explicar o que senti naquele dia. Um Gre-Nal marca a vida da gente para sempre — emociona-se o jogador.

Amanhã, o Gre-Nal inesquecível de Rafael Carioca

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