O pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feito neste domingo, dia 26, no Fórum Econômico Mundial de Davos arrancou aplausos também no Fórum Social Mundial de Porto Alegre.

O advogado paranaense Euclides Panazzolo disse que sentiu orgulho. Ele atribuiu grande importância ao presidente brasileiro como líder internacional. Panazzolo estava entre as centenas de pessoas que se acotovelaram em frente a televisores espalhados por lanchonetes e saguões da Pontifícia Universidade Católica (PUC) para assistir a transmissão feita pela Radiobrás.

Para a estudante carioca, Carla Couto, Lula "falou tudo que precisava e mandou um recado claro aos Estados Unidos contra a militarização". A estréia de Lula em Davos havia sido motivo de críticas como a feita pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile – para quem a ida a Davos era perda de tempo, semelhante a "jogar pérolas aos porcos."

A expectativa sobre a participação do presidente brasileiro no Fórum Econômico era grande, mesmo após ter reafirmado seus compromissos de governo, na sexta-feira, em Porto Alegre.

O educador do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, destacou que "foi muito bom ele ter dito que o norte já teve a sua chance e que não pode impedir o desenvolvimento dos países do sul".

Mesmo entre tantos eufóricos, havia alguns menos otimistas. Francisco Louçã, deputado pelo Bloco de Esquerda em Portugal, afirmou que Lula "cumpriu a promessa de manter o mesmo discurso sobre a paz e o combate à pobreza, mas tenho dúvidas que lhe compreendam bem em Davos".

Em seu discurso em Davos, entre outros temas, Lula pediu que os países industrializados construam um novo fundo internacional para combater a pobreza no mundo.

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