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Após defender o fim dos privilégios de categorias como juízes e militares, o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, recebeu críticas e voltou atrás nas declarações.
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) chegou ameaçar entrar na Justiça contra a inclusão dos juízes na reforma que cria um sistema único de previdência para os trabalhadores públicos e da iniciativa privada. Por enquanto, o recuo beneficia apenas os militares.
De acordo com o comunicado oficial, Berzoini garante que as mudanças no sistema previdenciário serão feitas depois de um debate amplo e absolutamente livre, pois os impactos da reforma da Previdência incidem diretamente na vida de milhões de pessoas e nas finanças de todos os entes federados da nação. Os militares, preocupados com as declarações do ministro, começaram a preparar estudos para defender a manutenção da aposentadoria integral, usando como argumento as peculiaridades da carreira que, em diversos países pesquisados, como
México, Portugal, Chile,
Peru, Venezuela, Bolívia, Paraguai, China, França e Alemanha, entre outros, têm um sistema previdenciário diferenciado para as Forças Armadas.
A Força Sindical divulgou nota ontem criticando as propostas de Berzoini. O ministro pretende entregar a proposta para reforma da Previdência para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de maio, tempo que ele considera suficiente para que o texto ser analisado e encaminhado ao Congresso Nacional até junho. O presidente da central sindical, Paulo Pereira da Silva, se disse favorável à aprovação da reforma da Previdência, mas contrário às propostas que acabam com direitos dos trabalhadores.
A nota da Força propõe uma série de mudanças para a Previdência, como a criação de um sistema único – com um teto de benefícios de 10 salários mínimos –, fortalecimento do sistema de previdência complementar e resgate da aposentadoria aos 25 anos de contribuição para os trabalhadores de atividades insalubres.
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