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O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai disponibilizar ao governo Lula pelo menos mais US$ 6 bilhões nos próximos quatro anos. Segundo o presidente da instituição, Enrique Iglesias, os recursos seriam destinados ao Programa Fome Zero, a apoiar micro e pequenas empresas, à reforma do Estado e a incentivos para investimentos do setor privado em áreas de infra-estrutura, como rodovias, energia, saneamento básico e água potável.
Iglesias está em Brasília para discutir com os ministros do governo Lula os novos projetos a serem financiados pelo BID. O objetivo é ampliar as relações com o Brasil. O anúncio dos US$ 6 bilhões faz parte de um pacote de US$ 12 bilhões que o banco pretende destinar ao páis, dos quais a primeira leva se destinava a projetos já aprovados.
Nesta quarta, dia 8, Iglesias esteve com os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, da Fazenda, Antônio Palocci Filho e do Planejamento, Guido
Mantega, a fim conhecer os
princípios básicos da política econômica do governo, os grandes objetivos sociais e a conciliação entre a macroeconomia e os objetivos de mudança social.
Na quinta, dia 9, ele deve se reunir o ministro das Cidades, Olívio Dutra. Segundo Iglesias, boa parte dos novos projetos deverá se destinar a resolver problemas das grandes cidades, desde saneamento básico até o combate à violência por meio da atenção a crianças e jovens. Iglesias também apoiou a discussão de metas sociais com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Para ele, é importante discutir as melhores formas em que os acordos com o FMI podem acompanhar as reformas sociais.
Embora o país esteja com recursos adicionais, tanto do BID quanto do Banco Mundial (Bird), esses recursos têm de ser gastos sem criar um problema fiscal. Eles são contabilizados como despesa do governo, por isso seu uso acaba reduzindo o superávit primário – um dos critérios de desempenho do acordo do Brasil com o Fundo Monetário
Internacional (FMI). Para
contornar esse problema, o governo brasileiro estuda a possibilidade de propor ao FMI a inclusão de uma meta social no acordo, que daria mais folga para essas despesas e preservaria a meta de superávit.
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