Sob chuva leve e sem maiores incidentes, a cidade de Buenos Aires recebeu na tarde desta sexta-feira o revezamento da tocha para os Jogos Olímpicos de Pequim. A capital da Argentina foi escolhida para ser a única escala o símbolo olímpico na América do Sul. 

Um espetáculo de dança abriu a cerimônia. O dançarino de tango Iñaki Urlezaga entreteu o bom público que compareceu ao evento. Logo em seguida, o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, recebeu a chama olímpica do vice-prefeito de Pequim, Lui Jingmin.

O primeiro atleta a carregar a tocha foi o velejador Carlos Espínola, dono de duas medalhas de prata e uma de bronze em Olimpíada. Ele substituiu o ex-craque Diego Maradona, que havia sido convidado para iniciar o revezamento, mas está no México e não pôde comparecer ao evento.

No total, 80 pessoas carregaram a tocha em um percurso de quase 14 quilômetros, que saiu do bairro de Puerto Madero, às margens do Rio da Prata, até o Clube Hípico Argentino, na zona norte da cidade. O jogador de vôlei de praia Emanuel representou o Brasil. A ex-tenista Gabriela Sabatini, medalha de prata em Seul 1988, foi a última a levar a tocha.

Como já se esperava, alguns protestos foram realizados. Os ativistas favoráveis ao Tibete realizaram uma marcha, iniciada no Obelisco. Uma centena de chineses que vivem na Argentina também realizou protestos a favor dos direitos humanos no país dos Jogos. As manifestações foram encerradas sem maiores incidentes.

As autoridades da capital argentina armaram um forte esquema de segurança para evitar problemas semelhantes aos registrados em Londres e Paris. A operação contou com a participação de 1,2 mil policiais, 1,5 mil agentes da prefeitura e cerca de 3 mil voluntários. O tráfego também foi interrompido nas ruas onde a tocha passou.

Confira o percurso global da tocha

Salve a tocha olímpica em jogo