| 24/03/2008 21h46min
O Vasco vai tentar cassar a liminar que permite a volta de Leandro Amaral ao Fluminense provavelmente esta semana. Mas o departamento jurídico do clube garante não ter pressa. Segundo o advogado Paulo Reis, o atacante pode até ter o nome incluído no Bira (Boletim Informativo de Registro de Atletas) pela Federação de Futebol do Estado do Rio como determina a decisão do desembargador Alexandre Bastos Cunha, mas não teria condições de jogar a Taça Rio. As informações são do site globoesporte.com.
O caso pode parar na Fifa já que uma decisão da Justiça comum obrigaria uma mudança do regulamento da competição. A entidade considera que todos os casos devem ser julgados pela Justiça Desportiva e prevê punições aos clubes e federações que não seguirem a ordem. O Fluminense estaria envolvido por apoiar e auxiliar Leandro Amaral.
— A denúncia partiria da Federação ou do tribunal da Federação — explica Paulo Reis.
Se o
Fluminense escalar Leandro Amaral na Taça Rio, o Vasco
pode tentar uma manobra jurídica para o clube perder os pontos da partida, já que considera que Leandro Amaral estará irregular.
— Não precisamos correr para cassar a liminar. Vamos estudar com calma a melhor alternativa. No entendimento do Vasco, o Leandro Amaral não pode jogar mais na Taça Rio porque o prazo de inscrição se encerrou. A Federação do Rio responde à CBF e à Fifa. A Justiça Comum não pode mudar o regulamento de uma competição — diz o vice jurídico do Vasco.
O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio, Rubens Lopes, assegurou que a entidade vai registrar o jogador no clube que a Justiça determinar, mas voltou a questionar a legitimidade da revalidação da inscrição.
— Vamos dar o registro na data que esse documento chegar à Federação. Mas, no nosso entendimento, as inscrições para a Taça Rio terminaram no dia 28 de fevereiro. E uma inscrição agora violaria as leis desportivas — disse Rubens Lopes em
entrevista à "Rádio Globo".
Nesta
segunda-feira, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro recebeu a intimação da Justiça do Trabalho determinando a validade da inscrição do atacante feita pelo Tricolor no início da competição. Mas Lopes alega que o documento não informa que o jogador deve ser inscrito como atleta do Fluminense. O presidente da Ferj disse que vai enviar nesta terça-feira um documento ao desembargador Alexandre Teixeira Bastos, que concedeu o mandado judicial aos advogados do jogador e do Fluminense, pedindo que ele determine por qual empregador o atleta deve ser registrado.
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