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 | 18/03/2008 13h46min

Pequim estima em US$ 14 milhões perdas por distúrbios em Lhasa

Autoridades chinesas apontam 373 comerciantes afetados na região

As primeiras investigações dos distúrbios de Lhasa apontam para perdas materiais avaliadas em mais de US$ 14 milhões e ainda devem aumentar conforme as áreas mais afetadas pela onda de violência vão sendo avaliadas, informou nesta terça-feira a agência oficial chinesa Xinhua. Segundo o Bureau Industrial e Comercial da região autônoma do Tibete, 373 comerciantes e 32 empresas informaram haver sofrido danos durante os protestos, que afetaram principalmente áreas dos setores comercial, hoteleiro, turístico e industrial da cidade.

No entanto, um funcionário do órgão advertiu que o número poderia aumentar conforme vão sendo calculados os danos ocasionados nas ruas Bargor e Hongqi, artérias comerciais de Lhasa, onde se registraram os piores distúrbios, e que reúnem mais de 5,6 mil lojas. As autoridades chinesas apontaram, além disso, que a onda de violência provocou mais de 300 incêndios, que afetaram numerosas casas e 214 lojas, deixando 56 veículos destruídos.



Os distúrbios de Lhasa se iniciaram nos protestos realizados pelos monges budistas no último dia 10, com a intenção de relembrar o aniversário da fracassada rebelião tibetana contra o mandato chinês em 1959, que causou a fuga ao exílio do Dalai Lama.

Na sexta-feira passada, as manifestações, nas quais participaram monges budistas e civis tibetanos, tomaram uma aparência violenta, o que provocou uma repressão do exército e dos paramilitares chineses. Nesse momento, a capital tibetana está isolada do Exterior e sob controle das forças de segurança chinesas, sem que se permita a entrada de jornalistas estrangeiros e tendo retirado centenas de turistas.

EFE
 
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