Impulsionado pelo bom desempenho no empate em 0 a 0 com o Grêmio, quinta-feira, no Olímpico, o Caxias enfrenta o Novo Hamburgo, neste domingo, com ambições renovadas. O técnico Gilson Kleina afirma que a vitória na partida que começa às 20h30min, no Estádio Centenário, representará um passo importante para a equipe chegar na segunda colocação do Grupo 1 do Gauchão. Isso, claro, contando com algum tropeço do Esportivo, o atual detentor da posição.

— Acredito que se, se conseguirmos chegar aos 25 pontos, como projetamos no início, teremos condições de alcançar o segundo lugar — afirma o técnico, imaginando que o Caxias ganhe as duas partidas que restam em casa nesta fase e empate a como visitante.

O jogo no Olímpico se transformou em referência para o comandante grená por uma série de motivos. Ele afirma que, além de apresentar um alto grau de competitividade, a equipe mostrou que tem alternativas e atletas em afirmação. Ele cita jogadores como Aelson, Juninho, Leo Mineiro e Rodrigo, que chegaram há pouco tempo e estão mostrando qualidades.

— Hoje, o Caxias tem um grupo forte, que facilita a reposição. Mesmo com alguns fora, como André, Marília e Diego Correa, a equipe mostrou que está crescendo. Isso eleva a moral.

Mas, para este domingo, com o compromisso de ganhar, Gilson Kleina deve mudar a postura em campo, embora não necessariamente o esquema 3-6-1 adotado em Porto Alegre, que na sua opinião apresentou resultado.

— Precisamos ser mais ofensivos, mas cuidando dos contra-ataques do Novo Hamburgo. Além disso, a bola parada deles é perigosa. Vamos manter o mesmo foco da partida contra o Grêmio.

O zagueiro Marília, que cumpriu suspensão no jogo de quarta-feira, tem a volta praticamente certa. Ele deve entrar no lugar do volante Éber, que atuou improvisado na zaga. O técnico não descarta a possibilidade de escalar o atacante Edu, para fazer companhia a Kempes. Mas teria de mexer no meio-campo, que teve boa atuação.

Por isso, o mais provável é que, para começar a partida, seja utilizada a mesma distribuição tática. Nesse caso, o meia Rodrigo teria a missão de aparecer mais no ataque, o que ele afirma que acostumado a fazer.

Desfalcado, mas perigoso

O Novo Hamburgo chega motivado pela vitória de 4 a 1 sobre o Sapucaiense, quarta-feira, em São Leopoldo, que abriu uma folga de sete pontos sobre o 15 de Novembro, o lanterna do Grupo 1. Assim, tranqüilo na luta contra o rebaixamento, o técnico Gilmar Iser e os jogadores começam a olhar o lado de cima da classificação, que vale um lugar na segunda fase. Mas há muitos problemas.

Na lateral direita, depois das lesões de Tiago Matos e Rony, o técnico vai apelar para terceira alternativa, o garoto Diego Caju. O meio-campista Alberoni e o atacante Zé Ilton, também machucados estão fora. Quem pode voltar é o zagueiro Micael, que cumpriu suspensão. Mas, como o trio defensivo esteve bem em São Leopoldo, ele ficará no banco.

A campanha do Novo Hamburgo apresenta um dado curioso, que significa risco para o Caxias. As três vitórias da equipe foram obtidas fora de casa: 3 a 0 sobre o 15 de Novembro, 5 a 2 na Ulbra, além dos 4 a 1 no Sapucaiense. Para isso, Gilmar Iser conta com o toque de bola e a rapidez dos jogadores.