O Rio Grande do Sul terá uma central de combate à lavagem de dinheiro ainda este ano. A medida foi anunciada na tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre, pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. O laboratório, que já está em operação em Brasília e no Rio de Janeiro, funcionará na Capital. A coordenação será feita pelo Ministério Público Estadual.

Conforme Tarso, o laboratório terá tecnologia de última geração e softwares com capacidade para analisar grandes volumes de informações rapidamente. Além disso, terá um serviço de inteligência para investigar quadrilhas especializadas em lavagem de dinheiro que agem no Estado. Será possível, por exemplo, fazer escutas telefônicas e rastrear criminosos com mais agilidade, quando houver autorização judicial.

De acordo com o Ministro da Justiça, a intenção é cruzar dados de várias fontes, como os setores de inteligência policial, órgãos públicos e agências bancárias. Tarso ressaltou que mais tarde a central, além de atuar contra a lavagem de dinheiro, deverá combater outros tipos de crimes.

Conforme o procurador-geral do Ministério Público, Mauro Renner, nos próximos meses será escolhido o local onde o laboratório irá operar e quantos servidores serão necessários para fazer os trabalhos. Renner destacou que um dos alvos das investigações será o sistema prisional.

A verba para a criação da central de combate à lavagem de dinheiro é do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronasci). No total, serão investidos R$ 2,5 milhões.