| 10/03/2008 06h46min
Nunca, em momento algum da história, um jogo entre um grande da Capital e uma equipe do Interior, levou 46 mil torcedores ao estádio. Não havia uma estréia impactante ou qualquer outra atração extraordinária. É verdade que mulheres não pagavam ingresso, mas o Beira-Rio recebeu apenas 11.700 torcedoras que se valeram da promoção. Se todas elas foram ao jogo apenas porque o ingresso nada custava - muitas iriam de qualquer maneira - , ainda assim restaria um público de 35 mil torcedores nas diversas dependências do Beira-Rio. Mais do que já se viu, inclusive, em Gre-Nais. E toda esta gente compareceu ao jogo para ver o Inter, exclusivamente. Poucas vezes se vê, no futebol, tanta empatia entre o time e o seu torcedor.
Para o gasto
Desta vez, o carrossel não funcionou. O Inter ganhou, teve boa atuação, mas não deu o espetáculo esperado. Aliás, nem cabe esperar que o time tenha atuações inesquecíveis em todos os jogos. O Brasil já começou o jogo pensando,
quase exclusivamente, em não
permitir que o Inter fizesse festa. O treinador Lisca anunciou, antes do jogo, que o Brasil jogaria defensivamente e, se fosse possível, especularia em contra-ataques. Cumpriu a primeira parte. O segundo objetivo foi prejudicado quando, aos 25 minutos da etapa inicial, o volante Raone foi expulso. O Brasil recuou ainda mais e o Inter, em vez de desfrutar o significativo favorecimento, afundou em uma atuação burocrática e, em muitos lances, exibicionista.
Individualidades
Alex foi quem mais finalizou. Iarley fez pouco e Fernandão, menos ainda. O capitão colorado parecia tomado de preguiça. Gil entrou, substituiu Iarley e marcou o seu gol, como já fizera no jogo anterior. O grande destaque do jogo foi Guiñazu, mas Magrão também teve uma atuação qualificada. Para o argentino, qualquer jogo é sempre decisão de copa. Mas não merece ficar sem registro a performance de Rodrigo, goleiro do Brasil. Ele fez uma dúzia de boas defesas e ajudou o Brasil a evitar
uma goleada.
Números grandiosos
Com a vitória contra o Novo Hamburgo, o Grêmio atingiu 86,7% de aproveitamento, mantendo-se como a única equipe invicta na competição. Celso Roth estreou vencendo e assim se mantém. No Santa Rosa, mostrou que também anda com boa sorte pois o Novo Hamburgo desperdiçou uma chance inacreditável de gol nos últimos segundos da partida.
Meio vazio
Vitória apertada no Interior não chega a ser novidade para a dupla Gre-Nal. O resultado, contudo, não deve deletar os problemas que o time apresentou. O meio-campo foi insuficiente para que o Grêmio impusesse domínio sobre o Nóia. Dos Santos teve atuação discreta, Willian Magrão não repetiu os seus bons desempenhos e Roger compareceu com uma chance de gol desperdiçada e dois ou três lançamentos. O segundo tempo foi do Novo Hamburgo e Roth não corrigiu as causas que retiraram densidade e força de contenção do seu meio-campo. Recuar Dos Santos para a função de volante só
aumentou o vazio do setor e diminuiu a
taxa de participação do paraguaio, cuja atuação foi modesta na etapa inicial e caiu no período final.
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